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Encontro vai discutir mudanças no Estatuto, mas cartolas desconhecem futuro de Teixeira à frente da entidade

 Mesmo cientes de que as articulações por nova eleição em caso de renúncia de Ricardo Teixeira da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) poderão render represálias, as federações rebeldes estarão representadas na Assembleia Geral Extraordinária marcada para o próximo dia 29 de fevereiro, às 15h, na sede da entidade.

Conforme antecipou a edição de ontem do LANCE!, Ricardo Teixeira, com a manobra, esvaziou a Assembleia que havia sido proposta pelas federações descontentes.
De acordo com o ofício enviado às filiadas, o encontro servirá para a discussão dos seguintes pontos: “tomar ciência da exposição a ser apresentada pelo senhor presidente relativa a assuntos de interesse da entidade e de suas filiadas; discutir e deliberar sobre reforma parcial do estatuto da CBF conforme proposta apresentada pela presidência; interpretar preceitos do estatuto e outros assuntos de interesse da entidade.”

Em entrevista ao LANCE!, Rubens Lopes, presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) reiterou que é a favor da convocação de nova eleição caso Ricardo Teixeira anuncie sua saída do cargo, mas nem mesmo os presidentes das federações sabem ao certo qual será o teor da Assembleia do dia 29 de fevereiro.
– Eu não sei o que acontecerá, mas entendo que temos de interpretar o Estatuto. A minha leitura é de que a alteração feita em 2006 garante que aquela diretoria eleita cumpra o mandato até depois da Copa. Então, em caso de saída, defendo nova eleição – disse Ednaldo Rodrigues, presidente da Federação Baiana de Futebol (FBF) e autor da emenda que esticou o poder de Teixeira até 2014
Esta é a posição das federações de Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Pará.
Após o carnaval, dirigentes destas afiliadas deverão alinhar o tom do discurso para a Assembleia.  Fonte:Leo Burlá

BRIGA PELO PODER
Renúncia
A possibilidade de renúncia de  Teixeira  dá início a uma disputa pelo poder.
Diz o Estatuto
Caso o presidente renuncie, assume o vice-presidente (do total de cinco) mais idoso. Atualmente, o cargo seria do paulista José Maria Marin.
CBF Paulista
O poder também ficaria com Marco Polo Del Nero e Andrés Sanchez.
Federações se unem
Com o receio de São Paulo passar a comandar a CBF, sete afiliadas se unem.
Ameaça
Federações se queixam de retaliações  da CBF, como o corte da verba mensal (R$ 30 mil).

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