Empresa foi a responsável pelas operações de viagem da CBF sob comando de Teixeira
A Pallas Tur é um dos braços do Grupo Águia, que pertence a Wagner Abrahão e é responsável pela comercialização dos ingressos VIPs para o Mundial no Brasil. Além disso, a Pallas é prestadora de serviços para a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) há muito tempo e foi trazida pelo ex-presidente Ricardo Teixeira, que chegou a ser investigado por usar essa empresa para lavar dinheiro.
BOLETO COM VALOR ABSURDO
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Valor que deveria rondar a casa dos R$ 20 mil veio no valor de quase R$ 48 mil
O detalhe é que o pagamento acabou travado pelo ex-gerente administrativo Sérgio do Prado. Inicialmente, em contato com o UOL Esporte, ele não quis comentar o assunto. Ao ser informado que a reportagem possuía o documento com sua assinatura, conseguido no Conselho Deliberativo, ele acabou dando suas explicações.
“Eu já não queria mais falar sobre este caso. Fiz minha parte na época, que foi travar o pagamento. Este preço é um absurdo, não poderia ser tudo isso. Eles queriam gastar R$ 22 mil só de alimentação e esse é o valor integral. Tanto é que até hoje ninguém pagou. Como tudo no Palmeiras vaza, esse documento também deve ter vazado pelas mesmas pessoas de sempre. Eu assinei mesmo o boleto dizendo para não pagar aquilo”, afirmou Sérgio do Prado, que completou.
“A Pallas foi trazida do Rio de Janeiro pelo conselheiro Mauro Marques, em outubro de 2009. A Tour House prestava serviços ao clube há mais de 10 anos. Eu me neguei a pagar logo no primeiro serviço da Pallas. Isso foi o suficiente para melar a mudança e que a Tour voltasse. Estraguei a festa que fariam logo no primeiro jogo. Desse dia em diante, fui perseguido por Mauro Marques. Dizem que essa empresa é do Ricardo Teixeira, não sei se é verdade. Seria lamentável. Isso é mais uma das coisas que eu quis contar para o Tirone e ele não quis me ouvir”, completou Sérgio.
BOLETO COM VALOR ABSURDO
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Empresa cobrou até multa porque Palmeiras se recusou a pagar boleto no valor de R$ 48 mil
Tanto a Tour House quanto a Pallas Tur cobravam 10% em cima do boleto como forma de pagar os seus serviços. Logo depois do problema, a Tour House voltou a operar os serviços para o Palmeiras. Sem receber o pagamento do boleto superfaturado, a Pallas ainda cobrou R$ 1.931,11 de juros.
Os conselheiros que requisitaram a sindicância afirmam que a entrada da Pallas no Palmeiras pelas mãos de Mauro Marques explica a ida dele e de Arnaldo Tirone na delegação da seleção brasileira para um amistoso contra a Escócia, no ano passado. No Palmeiras, Marques é assessor da presidência. Ele não atendeu aos telefonemas da reportagem.
Gilberto Cipullo, diretor de futebol da época, confirmou que houve a troca de agências, mas não quis dar mais detalhes.
A CPI do Futebol, realizada entre 2000 e 2001, apontou que a agência Stella Barros, comandada por Cláudio Abrahão, irmão de Walter, dono do Grupo Águia, ganhou R$ 31 milhões entre 1998 e 2000 superfaturando preços de hotéis e passagens para a seleção. Na época, deputados afirmaram que esses valores faziam parte de um esquema de lavagem de dinheiro de Teixeira.
Fonte:Danilo Lavieri
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