: Home» Futebol Empresa Superfaturar Viagem Palmeiras Piauí » Empresa ligada à CBF é acusada de superfaturar viagem do Palmeiras a Piauí

Empresa foi a responsável pelas operações de viagem da CBF sob comando de Teixeira

A empresa de turismo Pallas Tur é acusada por conselheiros do Palmeiras de superfaturar uma viagem do time para o Piauí, em 2010, quando o time foi disputar uma partida da Copa do Brasil, diante do Flamengo-PI. O custo da viagem estava estimado em R$ 20 mil, incluindo os gastos do hotel entre os dias 09 e 11 de fevereiro. O boleto encaminhado ao Palmeiras estava no valor de R$ 47.036,28. Ou seja, mais de 100% de superfaturamento.
A Pallas Tur é um dos braços do Grupo Águia, que pertence a Wagner Abrahão e é responsável pela comercialização dos ingressos VIPs para o Mundial no Brasil. Além disso, a Pallas é prestadora de serviços para a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) há muito tempo e foi trazida pelo ex-presidente Ricardo Teixeira, que chegou a ser investigado por usar essa empresa para lavar dinheiro.

BOLETO COM VALOR ABSURDO

  • Reprodução/Exclusivo UOL Valor que deveria rondar a casa dos R$ 20 mil veio no valor de quase R$ 48 mil

    O detalhe é que o pagamento acabou travado pelo ex-gerente administrativo Sérgio do Prado. Inicialmente, em contato com o UOL Esporte, ele não quis comentar o assunto. Ao ser informado que a reportagem possuía o documento com sua assinatura, conseguido no Conselho Deliberativo, ele acabou dando suas explicações.
    “Eu já não queria mais falar sobre este caso. Fiz minha parte na época, que foi travar o pagamento. Este preço é um absurdo, não poderia ser tudo isso. Eles queriam gastar R$ 22 mil só de alimentação e esse é o valor integral. Tanto é que até hoje ninguém pagou. Como tudo no Palmeiras vaza, esse documento também deve ter vazado pelas mesmas pessoas de sempre. Eu assinei mesmo o boleto dizendo para não pagar aquilo”, afirmou Sérgio do Prado, que completou.
    “A Pallas foi trazida do Rio de Janeiro pelo conselheiro Mauro Marques, em outubro de 2009. A Tour House prestava serviços ao clube há mais de 10 anos. Eu me neguei a pagar logo no primeiro serviço da Pallas. Isso foi o suficiente para melar a mudança e que a Tour voltasse. Estraguei a festa que fariam logo no primeiro jogo. Desse dia em diante, fui perseguido por Mauro Marques. Dizem que essa empresa é do Ricardo Teixeira, não sei se é verdade. Seria lamentável. Isso é mais uma das coisas que eu quis contar para o Tirone e ele não quis me ouvir”, completou Sérgio.

    BOLETO COM VALOR ABSURDO

    • Reprodução/Exclusivo UOL Empresa cobrou até multa porque Palmeiras se recusou a pagar boleto no valor de R$ 48 mil

      Tanto a Tour House quanto a Pallas Tur cobravam 10% em cima do boleto como forma de pagar os seus serviços. Logo depois do problema, a Tour House voltou a operar os serviços para o Palmeiras.  Sem receber o pagamento do boleto superfaturado, a Pallas ainda cobrou R$ 1.931,11 de juros.
      Os conselheiros que requisitaram a sindicância afirmam que a entrada da Pallas no Palmeiras pelas mãos de Mauro Marques explica a ida dele e de Arnaldo Tirone na delegação da seleção brasileira para um amistoso contra a Escócia, no ano passado. No Palmeiras, Marques é assessor da presidência. Ele não atendeu aos telefonemas da reportagem.
      Gilberto Cipullo, diretor de futebol da época, confirmou que houve a troca de agências, mas não quis dar mais detalhes.
      A CPI do Futebol, realizada entre 2000 e 2001, apontou que a agência Stella Barros, comandada por Cláudio Abrahão, irmão de Walter, dono do Grupo Águia, ganhou R$ 31 milhões entre 1998 e 2000 superfaturando preços de hotéis e passagens para a seleção. Na época, deputados afirmaram que esses valores faziam parte de um esquema de lavagem de dinheiro de Teixeira.
      Fonte:Danilo Lavieri





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