Daniel Sato, advogado que aparece no site da empresa como integrante da equipe do escritório, é funcionário da federação. Vicente Cândido, sócio de Del Nero na empresa, deputado federal e relator da Lei Geral da Copa, é um dos vices da FPF.
A ligação umbilical entre o escritório de seu presidente e a federação é reforçada por Paulo Sérgio Feuz. Diretor jurídico da entidade, ele também integra os quadros da empresa do dirigente.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a FPF nega que a firma Marco Polo Del Nero e Vicente Cândido
Associados preste serviços para a entidade. Alega também que Daniel Sato deixou o escritório assim que foi contratado pela federação, em maio de 2007. E que Cândido e Feuz não são remunerados pela federação.
Porém, Sato aparece como advogado da FPF numa ação que tem como data de distribuição no Fórum de Ribeirão Preto o dia 6 de março de 2007. O caso está na 2ª Vara da Fazenda Pública de Ribeirão. De acordo com dados da assessoria da federação, Sato só foi contratado pela FPF cerca de dois meses depois. Ou seja, teria defendido a entidade ainda como membro do escritório de Del Nero, o que a assessoria nega.
“Desde que se tornou funcionário da Federação Paulista de Futebol o dr. Daniel Sato deixou de integrar a equipe do escritório do dr. Marco Polo Del Nero. Caso, o nome do dr. Daniel Sato esteja relacionado no site do escritório do dr. Marco Polo Del Nero, está de forma equivocada. Como profissional liberal, o dr. Daniel Sato prestou serviços ao escritório do dr. Marco Polo Del Nero, porém em nenhuma causa relacionada à Federação Paulista de Futebol”, diz a assessoria da FPF, por e-mail, em resposta encaminhada ao blog.
“O escritório não presta nem nunca prestou serviços para a federação”, completa a assessoria da entidade.
O estilo “estamos juntos e misturados” que cerca a relação entre federação e o escritório de seu presidente é alvo de críticas veladas de dirigentes paulistas. Publicamente, ninguém se manifesta.
Por: Ricardo Perrone
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